Ele saiu da terceira colocação nas pesquisas para vencer no 1º turno, deixando o atual Governador Fernando Pimentel (PT) fota do 2º turno, e derrotando o senador Antonio Anastasia (PSDB) com uma votação expressiva: 71,8% dos votos contra apenas 28,2% do tucano. Esse é o empresário Romeu Zema, dono de uma rede de lojas que leva seu sobrenome, que conduzirá o Estado a partir de janeiro de 2019. E não será um mandato fácil. Ele assume Minas Gerais em meio a uma tempestade e com problemas sérios a serem sanados de forma praticamente imediata - o que não será possível.
Romeu Zema visitou Guaxupé durante a Campanha. Esteve reunido com empresários e fez caminhada pela cidade. E os eleitores deram-lhe a vitória obteve 78,80% dos votos contra 21,20% de Anastasia.
“Estar em Guaxupé me propiciou uma oportunidade de conhecer a realidade do município, entendendo suas riquezas e as dores da população. Sabemos que o Sul de Minas é uma região desenvolvida, com potencial para crescimento ainda maior. Temos um olhar diferenciado para cada peculiaridade. Dessa forma, vamos saber como e onde trabalhar em cada lugar”, ressaltou Zema à época da visita a cidade, em 18 de setembro.
Ele enfatizou durante a visita que em sua gestão irá incentivar o desenvolvimento municipal, promover programas de fomento aos consórcios, de capacitação dos gestores municipais e de incentivo à captação de recursos, seja a partir dos instrumentos de repasse previstos, ou contribuindo na atração de investidores externos.
“Esta região que tem, historicamente, sua base econômica fundamentada na agricultura, assiste a um grande crescimento industrial e tecnológico. No meu governo este desenvolvimento será apoiado por meio de políticas que visam a desburocratização do sistema e a simplificação de tributos para facilitar o ambiente de negócios e torná-lo possível para todos, principalmente aos pequenos e médios empreendedores”. Com esse pensamento e empenhado no propósito de inovar a gestão do estado, Zema viajou pelo interior de Minas Gerais e propôs novas ações para tirar o estado da calamidade financeira em que se encontra.
O governador eleito Romeu é natural de Araxá, tem 53 anos e é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (SP). Sua trajetória profissional começou cedo. Foi cobrador, frentista, balconista, estoquista, caixa, comprador, vendedor, analista de marketing, analista comercial e gerente. Hoje é Presidente do Conselho de Administração do Grupo Zema.
Seu encontro com o partido NOVO ocorreu naturalmente e o convite para a candidatura chegou em uma etapa de vida propícia. “Desde novembro de 2016, quando programei minha sucessão como principal executivo do Grupo Zema, passando a integrar o Conselho, fiquei com a agenda mais disponível. Tempos depois, quando conheci o NOVO, surgiu o convite ao cargo. Refleti muito e percebi que estava pronto para investir na esfera pública. Considerando o fato de eu não ter um passado político e ainda oferecer um perfil diferente dos demais candidatos, tenho certeza que este é um momento excelente para apresentar propostas de gestão eficazes para Minas”, ressalta Romeu.
O governador eleito destaca que durante 30 anos atuando na iniciativa privada obteve conquistas relevantes, entre elas, a abertura de mais de 400 lojas do Grupo Zema, representando um alto índice de empregos e negócios gerados nas várias cidades do Estado.
DEMANDAS EMERGENCIAIS
A primeira medida de seu governo a partir de janeiro será “cortar a gordura enorme” da máquina pública. “Estaremos economizando milhões por dia”, disse. Dentro dessa perspectiva, o futuro governador listou o corte de secretarias, das atuais 21 para apenas nove pastas. Segundo ele, “por falta de transparência” do atual governo não é possível fazer o cálculo exato da economia que essa medida irá gerar.
O governador estabeleceu três etapas, que se iniciam com o diagnóstico, a formação da equipe e por fim a preparação dos atos da posse, para que, já no primeiro dia, o governador publique nomeações dentro de uma estrutura administrativa de nove secretarias e 80% dos cargos comissionados não serão recrutados. “Nós vamos ter um grupo dentro do partido que vai analisar os nomes de possíveis secretários de governo, vamos entrevistá-los e até também contratar uma empresa que seleciona executivos. Não podemos errar, porque Minas Gerais hoje é um paciente terminal que está na UTI. Você colocar o médico mal preparado e esse doente pode morrer. Então, vamos fazer um secretariado que eu diria que vai ser um time que Minas nunca teve”, diz o governador eleito.
O governador eleito também anunciou o corte de despesas do que ele classificou de “mordomias para o governador”. Ele adiantou que não irá morar no Palácio das Mangabeiras, residência oficial dos governadores de Minas Gerais. “Vou morar em um imóvel próximo ao local de trabalho”, mas não especificou o local. Zema também disse que irá vender “a mini frota” aérea que serve ao governador do estado e que irá usar carro para se deslocar. De acordo com ele, só com “as mordomias para o governador”, o futuro governo deverá economizar R$ 10 milhões por mês.
Salários dos servidores
Zema voltou a reiterar que colocar o pagamento dos salários dos servidores até o 5º dia útil não será feito no curto prazo. “Não sou milagreiro, nem mágico”, destacou, afirmando que a retomada do pagamento sem atraso não levará menos de dois anos. Até lá, Zema lembrou que nem ele nem os futuros ocupantes dos cargos de primeiro escalão vão receber salários.
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